Dica diretamente da minha adega

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Estocar vinhos em adega não climatizada por anos é possível? Leia a minha experiência.

Eu tenho uma adega climatizada para poucos vinhos e uma adega onde coloco todos os demais vinhos, tive a experiência de estocar vinhos por 6 anos, fora da adega climatizada, sem perda de qualquer de qualidade, o que me surpreendeu bastante, pois é sempre assinalado a questão da temperatura. Como não tenho uma adega climatizada grande, tive com o tempo que estocar na minha adega de casa que não tem climatização.
Recentemente abri vinhos que trouxe do Chile e estavam nela já há 5 anos, em perfeitas condições, tanto em aromas como em sabores e equilíbrio.

Mas como isto deu certo?

Analisei o que tenho e cheguei a algumas conclusões que repasso aos amigos.
Tenho um espaço exclusivo, um pequeno aposento com cerca de 1,40 x 1,60 m, ele não tem janelas e nenhuma parede dá para o exterior, ou seja não aquece com o sol, foi construído, já com o propósito de ser uma adega, não foi climatizado, e tem colmeias de cerâmica deste mesmo material de telhas. Os vinhos de guarda estão envoltos em papel de seda branco e colocados em cada colmeia, o chão é de pedra,  mantenho a porta entreaberta, não deixo passar nenhum produto com cheiro no local e nem próximo dele. O ambiente fica na penumbra, mas os vinhos estão em condições de menos luz ainda.

Condições gerais:

O ambiente é estável e calmo, e não existe nem muita oscilação de temperatura e nem de luminosidade.
No verão temperatura oscilando entre 20º a 23°
O restante do tempo abaixo de 20º, faixa de acordo com a estação,  chegando até o mínimo de 12º no inverno.
Ambiente em penumbra e os vinhos no escuro, dentro da colmeia.
Umidade do ar em torno de 75 a 85

Aqui funciona muito bem, a temperatura bem acima do indicado (até 15º) não se revela um problema, para vinhos que permaneceram mais de 5 anos, não abri um sequer, que estivesse com alterações, perceptíveis e com o olfato impecável, ponto que valorizo bastante, tenho privilégios de facilidades olfativas, em parte pela minha natureza e em outra pelo treino que priorizei nestes anos de dedicação ao universo do vinho.

Fica a dica, façam seus testes.

Quer ler mais sobre vinhos?


Enoabraços,

Charmosíssimo retrô da Alsácia - França

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Sigo nos meus estudos de vinhos da Alsace e sempre que me deparo com algo bonito, não resisto em dividir com os colegas aqui do Vinho e Delícias.
Adoro estes cartazes de época, que não seja a das modernidades, com vinho ou sem vinho, eles são sempre muito charmosos.
Veja dicas de harmonização Queijo e Vinho da Alsacia AQUI
Enoabraços,
Camila H. Coletti - Vinho e Delícias

Tabelinha de harmonização de Vinhos da Alsácia com queijos

Localizei esta deliciosa tabela, olhem que interessante as sugestões elaboradas pelo Conseil Interprofissionnel des Vins d’Alsace. São as faladas harmonizações regionais que sempre tem o seu valor em nossas pesquisas, sempre um bom referencial para iniciar os testes.
 
Vários destes queijos podem ser encontrados aqui no Brasil:

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Queijos fáceis de serem encontrados aqui:

 

Queijos frescos: poderíamos pensar em nossos queijos mineiros frescal: Silvaner e Pinot Blanc

Brie: Pinot Noir e  Cremant d’Alsace (Para quem não sabe, cremant é um espumante).

Camembert: Pinot Noir e  Cremant d’Alsace

Queijos de cabra: Riesling e  Cremant d’Alsace

Emental: Pinot Gris e Pinot Noir

Roqueford: Gewurstraminer e Pinot Noir

Gouda: Pinot Blanc e Pinot Gris

Para Fondue e Raclette: Silvaner e Pinot Blanc


OBS:
Temperatura de serviço:

para todos os vinhos 8ºC e para o Cremant 5ºC.

 

Fica a dica, agora é só testar Alegre

Enoabraços,

Camila H. Coletti - Vinho e Delícias

Leia também: artigos sobre vinhos

1º Campeonato de Sommelier de cerveja do Brasil

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Você pode ir aos EUA, para uma incursão no mundo da cerveja Paulaner, que tal? Será este, o prêmio para o primeiro colocado.
Contando com os mestres cervejeiros das cervejarias Brooklyn e Paulaner, no júri, acontecerá em março a 1º Campeonato de Sommelier de cerveja do Brasil. Promovido pelo Instituto da Cerveja e pela Associação Brasileira de Sommelier-SP o concurso que terá 3 fases,  podendo participar, quem tenha mais de 18 anos e possua um certificado de Sommelier de Cervejas, em instituição de ensino do Brasil ou do exterior.

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Serão 150 vagas e as inscrições já estão abertas, corra para garantir a sua, pois a oportunidade é única e sua participação irá enriquecer seu CV e sua experiência e se estiver entre os finalistas, melhor ainda.

O evento é patrocinado pela Beer maniacs, Casa Flora, Interfood, contando com o apoio da Belgalux – Câmara do Comercio e Indústria Belgo-Luxemburguesa-Brasileira.

Abaixo o regulamento do concurso, para baixar em pdf e o link para inscrição, completo com todas as informações.

Serviço:
1º Concurso de Sommeliers de cervejas do Brasil
  • Datas: 08 e 09 de março de 2014
Dados sobre os jurados, e sobre as associações, você encontrará nos links abaixo.
Enoabraços,

Conhecem a uva Loureiro tinta? Goliardo Loureiro

Conheça-Alguns-Tipos-de-Vinhos

Eu fui apresentada na Casa do Porto, ao elegante, Goliardo Loureiro 2009, não conhecia a Loureiro tinta,  nativa da Espanha e cultivada apenas na região da Galícia.
Eu conhecia apenas a Loureiro branca, do Vale do Rio Lima, Portugal. Não consegui fontes seguras sobre se ambas são da mesma família, fica então a dica para pesquisa.

goliardo-loureiro-vinho-e-deliciasImagem colhida na internet, estava sem minha câmera.

Notas de degustação do vinho:

Goliardo Loureiro

Bodegas y Viñedos Rodrigo Mendez

D.O. Rias Baixas

Espanha

100% Loureiro

Safra 2009

Álcool: 12,5%

Vinho tinto de cor rubi intenso. Nariz repleto de cerejas negras maduras e nuances de cedro. Boca com ataque macio, taninos elegantes, com álcool e acidez perfeitamente equilibrados, nada em excesso, retro olfato confirmando frutas negras e o cedro.
Muito agradável tanto no paladar como no olfato.
Interessantíssima a expressão desta uva, captada pela Bodega Rodrigo Mendez, que tem a supervisão do famoso enólogo Raul Perez.

Preço: R$ 396,00

Importação: Casa do Porto

Veja mais  notas de degustação AQUI

Enoabraços,

Camila H. Coletti - Vinho e Delícias

Esse papo de simplificar o vinho

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Fico um pouco irritada, com a superficialidade de algumas pessoas, que abordam temas apressadamente, como criança que engole sem mastigar…

O tema é o eterno simplificar o vinho, que alguns consideram rebeldia saudável pregá-lo. Eu discordo, porque na verdade, estão sim é fazendo a apologia do comércio, que o que quer mesmo é vender, ter o máximo de lucro e nada mais, ingênuos compram a ideia e seguem pregando-a.
Na minha modesta opinião, um tema deve ser esgotado, antes de se tornar lema de alguém.

Simplificar o vinho… Como?

Estimulando as pessoas a bebe-lo no gargalo, no copo descartável, ou o que?

Já disse isto aqui em meio a outros temas, mas agora resolvi tornar o assunto o tema principal.
A meu ver, não são os rituais do vinho, como uma taça especial para ele, ou o uso do decanter para aerá-lo, ou uma temperatura correta, que o afasta das mesas das pessoas, e sim o preço dele, portanto não existe o simplificar o vinho existe sim o baratear o vinho, e a luta é esta, pela redução da sobrecarga cambial,  ou seja, menos impostos, para os importados e para os nacionais e se possível impostos zero para os nacionais, isto é o que simplificará o vinho.

O resto é blá blá blá, de quem fala apressadamente, sem analisar um dado e sem perceber, que está sendo manipulado por interesses políticos e comerciais.

Cada um entenda como quiser, mas sugiro que use os recursos que tem, sua capacidade analítica, para chegar a alguma conclusão, afinal, quem não pode comprar algumas taças de vinho, certamente que não poderá comprar uma garrafa dele e se querem popularizar o vinho, lutem para que o tenhamos com qualidade boa, no preço das cervejas do dia a dia…que por sinal, todos gostam de apreciá-las, no copo correto e em uma temperatura correta.

Porque será? Já pararam para olhar por este ângulo?


Enoabraços,
Camila H. Coletti

Frases do vinho em belas imagens 3

Do muito antigo ao recente, o vinho marcando presença na inspiração de todos, todos os dias…

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Um brinde à natureza e uma linda e produtiva semana a todos!

Enoabraços,

Camila H. Coletti

Vinho, estilo e as uvas, saiba o que é o que.

Não resisto quando encontro algo interessante como mapas e gráficos bem elaborados, e é o caso deste, sobre os diferentes tipos de vinhos, estilo  e as uvas pertinentes. Por  tradição, desde a minha época de aluna, eu divido com os colegas aqui do Vinho e Delícias.
Este é do Folly.

18"x24" Poster Template

Para salvá-lo basta clicar  sobre a imagem, ela abre no tamanho original.

Caso queira: Leia algumas das minhas Notas de Degustação

Enoabraços,

Camila H. Coletti - Vinho e Delícias

Degustação gratuita de vinhos italianos

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Mais uma oportunidade bacana para conhecer  novos vinhos italianos, o que geralmente é um grande prazer.
Nesta semana, serão degustados alguns vinhos da Itália da região da Lombardia:

  • La Barbera Cantine Annibale Alziati - Oltrepó Pavese da uva Barbera
  • Vivigarda Benaco Bresciano Cantine Civielle das uvas Gropello, Marzemino, Sangiovese e Barbera,
  • Belvedere Cantine San Colombano das uvas Merlot e Cabernet Sauvignon
  • Morosa (branco) Cantine San Colombano, das uvas Chardonnay, Cortese e Malvasia.

Serviço:
21 de janeiro, às 20:30 horas
Purpurina Oficina de Pizzas,
rua Purpurina, 517, Vila Madalena – São Paulo
Tel 3816-3749

Quer ler sobre alguns vinhos analisados? Leia AQUI

Enoabraços,

Camila H. Coletti - Vinho e Delícias

Mais um vinho na minha dieta que faço questão de mencionar


Desde quando degustei o Aracuri Collector Cabernet Sauvignon 2009, 100% Cabernet Sauvignon, fiquei impressionada e essa vinícola passou a ser foco de minha atenção. Nestes dias de minha dieta, que como sabem acompanho com vinho, resolvi conhecer um dos brancos da vinícola, o Aracuri chardonnay 2012.

Aracuri Chardonnay
Safra: 2012
Região: Campos de Cima da Serra
Rio Grande do Sul – Brasil
álcool: 13º
Evolução: 10 meses em barricas de carvalho (10%)

Vinho branco de tonalidade amarelo palha verdeal, com notas de maça e nuances lácteas, algo lembrando frappé de maças, no desenvolvimento em taça, abriu em traços cítricos e notas de mel. Os aromas de início se mostram um tanto fechados e surpreendem quando abrem-se na taça, mais ainda pela bela persistência do vinho, mesmo guardado em geladeira, para o dia seguinte.
Em boca bela acidez, equilibrando os 13º de álcool, bom corpo, ótima estrutura, para o estilo de um chardonnay e persistência média.
Vinho bastante interessante, acompanhou bem queijos leves, carnes brancas, incluindo as defumadas.
Preço: R$ 45,00

www.aracuri.com.br

Enoabraços,

Camila H. Coletti 

Das Minas Gerais, degustando história...

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Deixem preconceitos de lado e abram horizontes, para o destilado nacional,  vou ajudá-los a conhecer um pouco mais este universo, que traz com ele, história do nosso povo, de nosso país e de nossa bebida típica, a cachaça.
Um bom local para começar esta descoberta é lá pelas Minas Gerais, bem na divisa com São Paulo às margens do Rio Grande, no Triangulo mineiro, precisamente na cidade de Sacramento, na região da famosa Serra da Canastra, dos deliciosos queijos que vem ganhando mercado nacional.

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Nesta região nos idos de 1940, na Fazendo dos “Batistas” dá-se então, o início da produção da na época chamada, “Caninha Batista”, pelo fazendeiro José Batista de Oliveira, produção  que perdurou  até 1974.
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Aos 90 anos de idade, o Sr. José Batista, saudoso dos velhos tempos,  revelou seus segredos, ao seu genro, Marco Antônio Afonso da Mota, que iniciou como hobby, produzindo a cachaça artesanal para consumo e para presentear os amigos. Estudos e  pesquisas seguiram àquele início, somados a muita vontade de seguir adiante,  e alguns anos depois, renasce com toda a força, mantendo como símbolo o tradicional pentagrama,  a cachaçaria Batista na Fazenda Boa Sorte, sob a supervisão técnica do engenheiro de alimentos Bruno Zille, que tive a oportunidade de conhecer no final do ano passado, no lançamento do Concurso Mundial de Bruxelas – Espirituosos que acontecerá este ano no Brasil, Vejam AQUI.
Em conversa com o Bruno, ele me relatou sobre suas impressões de que a cana tal qual a videira, responde ao “Terroir” da região, infelizmente ainda não pode fazer estudos comparativos, por falta de oportunidade de terroir diversos para tal, e eu concordo, acredito muito na expressão do terroir, a natureza local se expressa nos frutos de sua terra, sem misticismo, quimicamente falando mesmo, e isto pode ser detectado se tivermos fatores de comparação e análise.
Espero e torço para que o Bruno tenha um dia oportunidade de dar sequência a esta interessante pesquisa.
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Conheçam um pouquinho do processo de produção:

Matéria-prima de qualidade, variedades selecionadas de cana e atenção ao processo desde o início:
  • A cana é moída logo após o corte, passa por filtragem e decantação, sendo então diluída e homogeneizada.
  • Dornas de fermentação: é fermentada com microrganismos naturais da região, sem adição de qualquer química ou leveduras provenientes de outros locais,  num ciclo de 24 horas, onde as leveduras transformam todo o açúcar em álcool, este caldo, chamado de vinho, é novamente filtrado e segue para a destilação.
  • Destilação: é realizada em alambiques artesanais de cobre, separando-se as chamadas  “cabeça e a cauda”, a primeira e última saída do processo de destilação,  que são encaminhadas, para produção de álcool combustível, utilizado na própria fazenda, o líquido resultado do meio do processo, da porção nobre, também chamada de “coração”, é que se elabora a Cachaça Batista.
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Amadurecimento ou descanso.
A cachaça já então elaborada, e recém saída do alambique, é enviada para tanques  de inox, ou para  barris das madeiras usadas pela Cachaçaria Batista, jequitibá e a maior parte de carvalho, por onde de acordo com o estilo proposto, elas permanecem em repouso.
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A fazenda é tratada com todo o respeito pela natureza, com repovoamento de espécies nativas e cuidados ambientais, os resíduos da produção são totalmente reciclados, e a água, que passa pelos circuitos de limpeza, vai para a estação de tratamento e é reaproveitada, na irrigação da lavoura. Tudo com alta tecnologia e sustentabilidade. Além disto a fazenda possui uma área preservada, muito acima das exigências legais.
Como podem ver, pode-se produzir cachaça de qualidade artesanal e com todos os benefícios da tecnologia, aliados ao respeito pela natureza.
Gosto muito disto, acho que é assim, que devemos seguir daqui para frente. Não cabe mais desrespeito ao planeta, pois o grau de informação que temos, já é mais do que suficiente, para não cometermos os erros do passado, pode-se ter qualidade e tecnologia associada a expressão da natureza e com respeito a ela, que nos oferece fartamente seus frutos.
Está de parabéns, o empresário Marco Antônio Afonso da Mota (foto), genro do Sr. José Batista, que desenvolve este projeto com todo esmero, dedicação e respeito à natureza.

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Em comemoração aos 70 anos desde o início da produção,  foi lançada a Cachaça Batista, edição comemorativa, com apenas 3000 garrafas, que eu tive a oportunidade de conhecer e como os colegas já devem estar curiosos, assim que possível, passarei aqui no Vinho e Delícias,  as minhas impressões sobre ela.

www.cachacabatista.com.br
Fotografias: Marcílio Gazzinelli

Enoabraços

Os 10 melhores destinos para viagens de vinho 2014 – Wine Enthusiast

Acabam de ser anunciados os 10 melhores destinos para viagens de vinhos 2014, selecionados pela revista Wine Enthusiast.
Que tal ir preparando o roteiro para algum deles?
No velho mundo:

Itália – Umbria
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Alemanha – Baden
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França – Languedoc
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Grécia – The Aegean Islands
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No novo mundo:
Estados Unidos – Sonoma
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Estados Unidos – Walla Walla
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Estados Unidos – Texas Hill Country
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México – Vale de Guadalupe
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Austrália – Barossa Valley
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Argentina – Mendoza
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Matéria completa: Wine Enthusiast

Enoabraços,

Camila H. Coletti

O impressionante e surpreendente Aracuri Merlot 2009


Final de domingo, dia de furar regime e comemorar…rs… Sentei aqui e bateu uma super vontade de um vinho tinto, faça calor ou faça frio, um vinho tinto é sempre bem-vindo, não acham? Abri o Aracuri Merlot, confesso que fiquei resistente com o fato da safra já ter 5 anos, mas resolvi conferir, estou com a taça aqui comigo e impressionadíssima com a performance deste vinho. Já havia degustado o chardonnay, desta vinícola, durante a semana, e estava previsto escrever sobre ele, no inicio da semana,  mas este não pude resistir, Aracuri Merlot 2009, é realmente especialíssimo, pequei a máquina fotográfica e sentei-me aqui, para passar logo aos colegas, a minha experiência.

Notas de degustação:

Aracuri Merlot 2009
Vinícola: Allprandini e Meyer Vinhos Finos
100% Merlot
Safra: 2009
Região: Campos de Cima, que vem sendo assinalada como a grande promessa em termos de terroir brasileiro e pelo que tenho visto dos vinhos da Aracuri, parece que ela realmente promete, e já está cumprindo.
Rio Grande do Sul
Álcool: 13º

Obs.: Vinhedos jovens implantados em 2006, estágio em barricas de carvalho, de 40% do volume, por 3 meses.

Análise organoléptica:

Tinto de rubi a granada, impenetrável, de alta intensidade e formação de leve aro, lagrimas lentas que ainda tingem levemente. as paredes da taça.
Nariz franco e boa complexidade, com sedutores traços de cedro, mesclado a ameixas maduras e “sous- bois”, permeados por notas de pimenta. Em boca, boa acidez, diria que bem gastronômica, equilibrando os 13º de álcool. Corpo médio e entrada macia, taninos redondos.  Boa persistência, confirmando as ameixas maduras e leves traços de pimenta do reino. Nada de amargor.  Em taça evolui graciosamente, em elegância e requinte.
Um vinho de preço simples e de alma nobre, uma surpresa no terroir de Campos de Cima da Serra, não irei comparar com outros merlots do mundo, mas assiná-lo que ele me lembra grandes vinhos, de uma nobre região francesa. 
Este vinho numa degustação às cegas eu acredito que causaria muita confusão, eu nunca diria que é nacional.
Um vinho vendido a preço médio de R$ 40,00, que realmente surpreende, vale a pena conhecer. Super recomendo, ao degustá-lo perceberá logo. sobre o que estou falando.
Fiquem de olho nesta vinícola: Aracuri, pelos 3 vinhos que degustei dela, não pouparei elogios e confesso que ficarei de olho também, atenta a sensacional expressão do terroir que a Aracuri está captando e nos oferecendo em garrafas.

http://www.aracuri.com.br

Enoabraços,

Degustação gratuita de vinhos de Portugal com Rodolfo Chaves

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Notícia boa, para a turma que acompanha as degustações gratuitas, que anúncio no Vinho e Delícias.
Gosto de propiciar aos leitores, oportunidades diversas abertas a todos, iniciantes, curiosos, amantes do vinho e enófilos.

Acontecerá nesta terça-feira (14), na Vila Madalena, mais uma degustação de vinhos portugueses, da região do DÃO.
São eles:
  • Udaca Colheita,
  • Udaca Touriga Nacional,
  • Irreverente
  • Feira de São Mateus
Todos da UDACA, União das Adegas Cooperativas da Região Demarcada do Dão, infelizmente não tenho detalhes sobre o vinhos, mas podem entrar em contato direto com o local, para maiores informações, pelos fones abaixo.
A explanação e degustação, será dirigida pelo conhecido e apreciado sommelier Rodolfo Chaves.

Serviço:
14 de janeiro, às 20:30 horas
Purpurina Oficina de Pizzas,
rua Purpurina, 517, Vila Madalena – São Paulo
Tel 3816-3749

Enoabraços,






A espirituosa representante do Brasil


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Este ano, teremos aqui no Brasil o Concours Mondial Bruxelles - Spirits Selection 2014, que acontecerá em Florianópolis nos dias 6,7 e 8 de junho, no espetacular Costão do Santinho, e será como o nome diz, totalmente focado nas bebidas conhecidas como “espirituosas” ou do inglês “spirits”, que são os destilados. Serão Whiskies, vodkas, cognacs, brandies, piscos, grappas, gins, sakês, tequilas, bitters, dentre outras e é claro, a nossa brasileiríssima “cachaça”.
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É a grande oportunidade de apresentarmos ao mundo um pouco do que existe de qualidade neste universo, e não é só ao mondo, mas também aos brasileiros, que preconceituosamente desdenham a cachaça, por conhecerem apenas a cachaça elaborada em série no processo industrial, que não tem como extrair da cana o melhor de seus subprodutos, algo só possível  no processo artesanal através do plantio e cuidados da lavoura específicos e da destilagem, em alambiques de cobre, sob cuidados de bons especialistas.
Confesso que ao conhecer, algumas amostras selecionadas, fiquei impressionada, com onde nossa espirituosa cachaça pode chegar.

Não estranhem o fato, de apesar de ser estudiosa do mundo do vinho, eu vá falar reiteradamente da cachaça, como sommelière, tive a oportunidade de ter aulas na minha formação,  com especialistas em destilados,   além de ser a bebida da minha terra, tem na minha família, também história: Um de meus saudosos avós,  de família italianíssima, cresceu aqui no Brasil, em fazenda de alambique, de produção de cachaça, ou como ele chamava: “caninha”.

Que venha o concurso e muitos prêmios para a nossa bebida, que pelo que entendi, nas fichas de inscrição, concorre na mesma categoria das vodkas, gins, sakês, bitters, aquavit, tequila, jenever dentre outras e que no ano passado, edição do concurso 2013, trouxe ao Brasil duas medalhas tendo inscrito 11 amostras:

Grande Medalha de ouro – (Duplo ouro) Cachaça da Quinta
Rio de Janeiro

Medalha de PrataWeber Hauss
Rio Grande do Sul

E que venham muitas mais, neste ano de 2014, que muitos produtores participem e tenhamos muitas possibilidades de premiações, para o nosso produto nacional.


SERVIÇO:
Informações sobre o concurso:
Inscrições de amostras:
até 21 de março de 2014

Envio de amostras no Brasil para:
MP Editora – Informe-de pelo fone: 11 4617-4021

Período de envio: de 13 de janeiro a 28 de março


Enoabraços,

Conheça a escala de pontuação da Wine Spectator

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Esta questão de pontuação é sempre delicada, não sou fã dela, a não ser se realizada em equipe e às cegas,  mas entendo, que quando parte de especialistas, podem servir como uma referência para o comprador leigo.

Imagine um amante de vinhos, com bom poder aquisitivo, diante desta vastidão de vinhos importados e nacionais aqui no nosso mercado brasileiro.
Como decidir, como escolher?
Em alguns casos, haverá referências de leituras, de revistas, opiniões de amigos, o que muitas vezes acaba sendo furada, então como fazer?
É nestas horas que o vendedor entra com o diferencial da pontuação do vinho, e em muitas ocasiões este passa a ser o critério final para a escolha.

Vamos ver as faixas utilizadas pelos especialistas da revista Wine Spectator, que como a maioria, utiliza a escala de 100 pontos, partindo de 50 pontos, ou seja nenhum vinho pode receber menos do que 50 pontos, se for vinho, já sai com 50 pontos.
  • 95-100 Um grande vinho.
  • 90-94 Vinho superior de caráter e estilo próprio.
  • 85-89 Vinho muito bom, com qualidades especiais.
  • 80-84 Vinho bom, vinho bem elaborado.
  • 75-79 Vinho regular, bebível, mas contém alguns pequenos defeitos.
  • 50-74 Não recomendado.
Como podem observar a partir de 80 pontos na escala da Wine Spectator, um vinho já é considerado bom.
Fica a dica!

Enoabraços,

Camila H. Coletti

Minhas indicações de vinhos na Go Where Vinhos, descubra estas delícias

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Fui convidada, juntamente com mais alguns colegas do universo do vinho, a participar das indicações de vinhos, em diversas faixas para a revista Go Where Gastronomia edição Vinhos.
Não acho simples fazer escolhas de alguns poucos bons vinhos,  quando estou inserida exatamente no universo deles, pois a esmagadora maioria dos vinhos que degusto,  são vinhos de qualidade, a maioria deles, eu tenho a oportunidade de degustar em grandes eventos, com vinhos selecionadíssimos, assim,  o que os diferencia para mim, nesta questão é o gosto pessoal, aquele vinho que além de estar equilibradíssimo e ser compatível, em nível superior, com o que se espera do estilo,  me diz algo mais, um vinho que encanta o paladar, emociona o coração e acalenta a alma,  geralmente estas emoções, aparecem na primeira taça, mas gosto de  confirmar,  numa segunda ou terceira degustação do mesmo vinho, vai que naquele dia, da primeira taça, eu estivesse num destes momentos de empolgação com a vida, , quando tudo fica belo, ou em belíssima cia, sabem como são estas coisas, não sabem?… Smiley piscando 

Não podemos esquecer, que os vinhos podem variar, de acordo com a sua alimentação anterior, bem como, condições de  temperatura de serviço, estado de espírito, dentre outras, assim, gosto de ter a experiência de degustá-los, mais de uma vez, para as indicações especiais.

Os vinhos selecionados nesta indicação, tive a experiência de degustá-los uma primeira vez, e confirmar minhas impressões, na segunda degustação, a meu ver, isto torna uma avaliação, mais sedimentada e eu, como já devem ter percebido, gosto disto.
Gosto de colocar consistência no que faço.

Foram 6 vinhos indicados, todos degustados por mim, diversas vezes, as escolhas, foram elaboradas dentro das faixas de preços predeterminadas, pelo Walter Tommasi, jornalista e consultor de vinhos, que fez o convite a cada um de nós.

Faixas:
  • Vinho branco até 80 reais
  • Vinho branco de 81 a 200 reais
  • Vinho tinto até 80 reais
  • Vinho tinto de 81 a 200 reais
  • Espumante até 200 reais
  • Vinho nacional favorito sem limite de valor.
Já devem estar curiosos com os vinhos não é?

Mas para saciar esta curiosidade, eu irei sugerir uma brincadeira,  leiam a matéria na Go Where Vinhos, edição 76, página 72, que está nas bancas, a capa é a imagem de abertura desta postagem, após sugiro que degustem cada um dos vinhos indicados, que tal?
Tenho certeza de que farão deliciosas descobertas… Smiley piscando

Enoabraços,



Na minha dieta, vinho é fruta.

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Iniciei corajosamente uma dieta, no dia 02 de janeiro de 2014, mas como não abro mão da minha tacinha diária de vinho, “voilà”, ele será inserido nela, e vão ver que é possível e desejável, que perderei peso sem perder o vinho no meu dia a dia, aliás nestes primeiros 4 dias já me livrei do primeiro kg.
Os corajosos que me sigam, não é para os fracos… Smiley piscando
Mas existem prazeres, vocês não tem ideia de como em uma dieta, um vinho adquire mais aromas e sabores, torna-se o grande evento enogastronômico do dia.

Não entrarei em detalhes, sobre como conduzo a dieta, em termos de alimentos, pois o Vinho e Delícias não é local para dietas e sim para delícias, mas passo aos amigos uma pequena tabela de calorias, os homens não sei, geralmente são um tantinho displicentes com o peso, mas as mulheres conhecem bem este universo de calorias, de tabelas de contagens, de folhas verdes, oxigênio e águas várias, porque são os únicos elementos de fartura, no universo das dietas.
Caloria dos vinhos:
Espumante brut, vinho branco, vinho rosé ou tinto (todos secos, é claro)
Taça com 150 ml = aproximadamente 130 calorias
O vinho entra na dieta, na mesma medida que o consumo no dia a dia, em torno de 150 ml, acompanhando uma das refeições, excetuando-se é claro, os momentos de confraternização, com os amigos, que no período da dieta, o faço mais com alegria e água do que com vinho. Uma garrafa se bem conservada, oferecerá esta inserção na dieta, por até 5 dias, no vacuvin (aquela bombinha de retirada de ar da garrafa, se sentirem que o vinho não está adequado, abra outra garrafa, é assim que funciona.
Para isto escolham bons vinhos, pois afinal é um momento, que pede um bom reforço de prazer.
Iniciado com: Cava Juvé y Camps Milesimé Brut 2007, escolhido a dedo, pois eu precisava de coragem para iniciar, assim me propus este cava, 100% chardonnay, que é absolutamente delicioso e acompanhou minhas saladas e parcas carnes brancas, com absoluta desenvoltura e maestria, um verdadeiro companheiro para esta façanhas, seguiu firme na geladeira, tanto em espuma como em sabor. 
Nada como um champenoise bem elaborado e é o caso, deste cava.
E sigamos em frente, os corajosos e corajosas que me sigam…Smiley piscando

Enoabraços,

Camila H. Coletti

Vinho e Delícias – Retrospectiva e feliz 2014

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Iniciei o Vinho e Delícias, quando estava na metade da formação profissional na ABS-SP módulo 1 e de lá para cá, já se passaram 2 anos e meio, já conclui toda a formação profissional incluindo o nível III, tecnicamente e oficialmente, sou sommelière, digo tecnicamente pois não exerço a atividade e nem em momento algum tive a intenção de exercê-la, já que a minha escolha é escrever sobre o tema vinho, e desenvolver ações de divulgação neste sentido,  porém, como gosto de estrutura no que faço,  considerei que para tal, esta formação,  a mais consistente e abrangente que existe no Brasil. Embora longa e penosa, para quem mora longe como eu, não me arrependo do investimento de tempo e de dinheiro, pois foi e é, o alicerce para que agora sim, eu possa ter  o aprendizado na prática, da famosa e mega citada “litragem”, mas a litragem, como eu vejo, não a que se fala por ai, a litragem  que eu considero consistente, com medida e critérios de avaliação, pois a meu ver, antes de uma boa formação, beber vinhos, seja em condições técnicas ou com os amigos, acaba mesmo é sendo exercício de prazer, de alegria, de folia, de confraternização, mas não agrega aprendizado, pois para converter impressões sensoriais, sobre os vinhos em algo valioso e processar isto, de forma a poder trazer uma consistente  leitura, é necessário que inicie-se, pela teoria, como em qualquer campo, a prática leva à perfeição sim, mas a prática que parte da teoria, apenas ela. Eu entrei no consultório, somente no 5º ano de psicologia, no meu primeiro estágio, já pensou se para analisar um paciente só fosse necessário conviver com as pessoas? Que interessantes e furadas leituras não teríamos e o pior,  desafortunadamente temos por ai? Não acham?

Falando disto, me lembro também do comentário de algumas pessoas do meu círculo, quando souberam que eu faria a formação profissional de sommelière:
Mas isto é um absurdo, afinal, você é uma doutora, onde já se viu isto, vai servir vinho agora?
Hehehe… Interessante observar a leitura precária, parcial e limitada dos fatos, da própria vida… 
Sei quem sou e não me deixei levar por comentários  e nem me dissuadir, de mergulhar na paixão pelo conhecimento do universo vínico.
Não irei servir vinhos, é fato, mas servirei informação,  sobre tudo de belo do vinho e do universo que ele encerra em si.

Ao longo de 2013, participei de inúmeros eventos profissionais, quase uns 60 no ano, entre degustações técnicas, aulas, almoços e jantares com produtores,  degustei incontáveis vinhos  especialíssimos e estou hoje muito mais preparada, para continuar a minha jornada profissional na área, associando tais conhecimentos, que pretendo ampliar todo o tempo, aos de psicologia da comunicação, o que já venho desenvolvendo, deste 2012 em consultorias na área do vinho.

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O segundo semestre, trouxe algumas novidades, que foram fruto de minha dedicação nos meses anteriores, confesso que não foi fácil, momentos em que estava muito cansada e já não postava fazia dias, e me dizia depois de um dia de trabalho: Você vai sentar no computador agora e acrescentar algo interessante e útil na internet, e assim eu ia, me obrigava, a pegar mais ritmo na escrita e caminhava um pouco mais…

Em final de agosto de 2013, o Vinho e Delícias ficou em 5º lugar na classificação mundial do Alexa, como mais visitado,(podem ler em: Quem é quem nos sites e Blogs de Vinhos) focando-se todos os sites e blogs que falam de vinhos em português, para mim foi uma deliciosa surpresa, recompensando os meus esforços e noites em claro escrevendo e agradeço aos que seguem o Vinho e Delícias.

Encerrei o ano, com a minha participação na coletiva de lançamento sobre a Expovinis 2014 e a convite do jornalista Walter Tommasi, na revista Go Where Vinhos edição dezembro/janeiro 2014 que está nas bancas.

O ano de 2013 trouxe muita evolução no conhecimento, e conquistas de novos horizontes, e eu agradeço a todos, os que tornaram isto possível e agora, já adentrando 2014,  desejo que o ano,  seja muito bem-vindo, que venha equilibrado, repleto de envolventes aromas,  com ataque macio, que tanto aprecio, álcool e acidez na medida correta, sabores indescritivelmente agradáveis e persistência a toda prova,  que seja vigoroso, elegante e prazeroso a cada minuto.

Um 2014 repleto de energias positivas, para todos os leitores do Vinho e Delícias. Saúde!!!

Enoabraços,