Finca Villacreces, o vizinho do Vega Sicília


Na sexta passada, entre amigos, abrimos um Finca Villacreces 2005, nada menos do que 94/100 pontos de Robert Parker. Finca Villacreces é por acaso, o vizinho do Vega Sicília, o que já  cria expectativas em relação ao seu terroir, e realmente posso confirmar, que foi uma experiência para guardar na minha caixinha de lembranças vínicas especiais.
Aberto às pressas, sem tempo de decantação, passando pelo decanter apenas uns 15 minutos, o vinho mostrou-se de início um pouco fechado, como era de se esperar, devido aos seus 7 anos, enquanto conversávamos, aguardamos o seu despertar na taça...ao retomá-la, foi mostrando suas nuances e complexidade, num misto de aromas que surpreendiam a cada gole, mas o que mais me seduziu, foi sua expressão em boca, ataque macio aveludado, mostrando a seguir taninos com pegada, mas sabem aquela  pegada na medida correta?  com requintes e sem asperezas, que eu chamaria de elegante pegada, eu sei que isto de pegada é um termo absolutamente feminino... eu sei, eu sei...rs... por isto mesmo, eu elaborei abaixo uma ficha nos moldes das minhas notas de degustação, da forma padrão, certo?...;-)



Rótulo:  Finca Villacreces - 2005
Produtor: Finca Villacreces
País: Espanha
Região: D.O. Ribera del Duero
Safra: 2005
Álcool: 14%
Assemblage:
  • 86% Tempranillo (Tinto Fino)
  • 10% Cabernet Sauvignon
  •   4% Merlot

  • OBS: Faz malolática em barrica e tem Permanência em barricas francesas de 1º e 2º ano por 16  meses.
    Importadora Península - Vinhos da Espanha ($ 245,00)

Notas de Degustação:

Vinho tinto, de profunda tonalidade rubi ainda com marcante presença de violáceo observável nas lágrimas finas, numerosas e rápidas, que denotam ainda a presença de antocianos o que já anunciou sua incrível capacidade de guarda, confirmada posteriormente na boca.

No nariz franco, de início fechado, revelando-se ao desenrolar do tempo, sensacionalmente complexo, com ainda muita fruta escura, suculentas cerejas maduras, leves notas de couro entremeadas com alcaçuz e presença discreta de baunilha...mas se ficassemos com mais tempo dele em taça, certamente teria surpreendido mais ainda, pois a capacidade de evolução aromática, foi muito interessante.
Na boca, vinho seco, com aquele ataque de boca que aprecio, macio, que surpreende em seguida com sua elegânte e requintada potência. Corpo de presença, taninos refinados mas que mostram a que vieram, apesar dos 7 anos desde a safra. Acidez com capacidade para equilibrar os 14º de álcool, ou seja, incrível, confirmando os belos anos que tem ainda pela frente.
Um vinho sem sombra de dúvida sensacional!
Por Camila H. Coletti, degustado em: 13 de julho de 2012 


Recomendações:

  Decantar, por de  2h a 3horas.
·         Temperatura de Serviço: em torno de 18°  como cabe bem, aos vinhos com esta complexidade e expressão. 


Enoabraços,  

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