O vinho, 50 tons de cinza??!!?!!! Dio Santo!

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Podem criticar… Revelo, que iniciei sim, a leitura deste livro, faz tempo e não consegui acabar. Sinceramente, levanto duas questões:
 1ª) O pessoal de agora, não tem a menor ideia, do que realmente seja um discurso sensual, e isso denota a carência pura, com que esta geração tem se tratado,  assinalando a falta de experiência, no quesito sensualidade, que deixo claro, não é "quantidade de prática sexual", porque sexo, os animais, também fazem e em fartura, sem precisar serem sensuais. Ao que me refiro, seria a capacidade de transformar um ato sexual, em um ato “sensual”, aquele que pode pela química, integração e intensidade, levar às alturas. Detalhe, assinalo, antes que interpretações equivocadas aconteçam, "intensidade" nada tem a ver, com amarras ou chicotes, e sim com algo intensamente sentido, dentro de cada um, no seu íntimo, pela capacidade própria simplesmente.
Ou então...
 2ª) realmente, a tendência ao sadomasoquismo, cresceu mesmo, nos últimos anos, o que justificaria a identificação com o tema.  Não irei opinar sobre isto, afinal o papo aqui, não é psicologia, embora comportamento humano, esteja sempre, onde houver qualquer ser humano.

Como disse acima, eu iniciei, mas não consegui nem chegar à metade do livro, e me esforcei, juro que me esforcei, eram tantos os comentários, pacientes me pedindo opiniões, que me esforcei, tentei e muito, nas cada vez que pegava o livro, era um tédio para poder ler meia página, até que não foi mais possível, o tema em si, já não me atrai, e o relato, que poderia primar pelo envolvimento, não chega nem a aquecer, o livro não tem, nem um discurso envolvente, e nem qualquer enredo, o casal de protagonistas é desprovido de qualquer atrativo, a moça, se porta como uma boboca,  deslumbrada, diante de um “aspirante a Homem”, que de interessante, parece ter somente, a aura transmitida pelo poder financeiro, mais nada.

Mas é isso, se faz sucesso, de alguma forma, reflete o retrato da época, e de seus jovens, porque são em grande número, os seus leitores.

Tenho tranquilidade em abordar o tema, porque como sabem, sou psicóloga clínica e sexualidade e comportamentos afins,  estão no rol dos meus estudos  profissionais, afinal, sou cientista do comportamento humano.

Bom mais até ai…ficção é ficção, agora… Já havia esquecido este tema, e não teria qualquer coisa a ver, com o Vinho e Delícias, mas agora, com o lançamento dos vinhos, o papo passou a ser outro.

O
 que esperar de um vinho vinculado a este livro? Se seguir a linha da baixa sensualidade, com pretensões na área, eu diria, que será um vinho de estrutura fraca, pouco corpo, taninos flácidos, triplamente chaptalizado, e maquiado ao gosto do consumidor pesquisado,  e portanto, voltado ao consumismo, só para exemplificar, se fosse o consumidor daqui, brasileiro, não o grupo de enófilos, mas aquele que recheia as pesquisas em massa, ele seria um vinho quase docinho, “suave”, nem vou entrar em detalhes, mas os enófilos inteirados e os profissionais como eu,  saberão do que se trata.

Será que acertei? Não sei e não saberei…já arrisquei no livro…chega! Não arriscarei no vinho.

Bom…vejam os vinhos californianos, lançados pela autora do livro:

Cetim vermelho – Fifty Shades of Gray Red Satin

Seda branca – Fifty Shades of Gray White Silk

Com o valor no mercado americano de $ 17,99 (dólares) cada.

Fiquei pensando em livros similares de minha época, este livro não é páreo,  para os livros envolventes de outros tempos, onde apesar de toda a insegurança de uma época, sem a suposta “liberdade sexual” de agora, havia muito mais prazer,  o tempo todo, nos pequenos e discretos atos,  na descoberta,  as coisas se revelavam aos poucos,  não eram assim escancaradas, com o risco de  tornarem-se banais e com isto pouco excitantes,  tudo era incrivelmente  sensual,  um simples toque, um olhar, um beijo roubado,  abria-se assim, como é até hoje, para quem tem aquela intensidade que citei acima e soltura, para tal,  o caminho, não para os 50,  mas, para os 500 tons da sensualidade humana, coloridíssimos tons da intensidade de emoções, que podem acompanhar um casal, que tem atração um pelo outro.  Atração intensa é fundamental, aliado é claro, ao centramento e equilíbrio, que possibilita esta soltura por completo... não sendo necessário mais nada…

Bom…  mas se tiver, uma taça de um bom vinho, harmonizando com o momento, certamente que ele,  será mais especial ainda.
Mas escolha o vinho ao teu estilo, comprar um vinho, pelo nome de um livro, sob influência dele,  pela fama, não, não, não…  Gente, não, não... Ninguém merece, tanta despersonalização, não somos assim, não temos que ser assim, vamos treinar nossa individualidade e poder de decisão.

Chega de coisas pré formatadas, enquanto era o livro, vá lá... Mas agora estamos falando de um vinho, ele tem que expressar a natureza de onde se origina, isto é um vinho de verdade, ou então que tal um refrigerante?  É bem mais barato.

Escolha seu vinho com carinho... Vou confessar, e nem é segredo, pois já abordei isto aqui, no Vinho e Delícias, quem segue e lê, já leu, e é só usar a busca ao lado, que vai encontrar,  insisto na dica, alguns vinhos são libidinosos SIM, e muito, ainda não entendi isto muito bem, mas não é qualquer vinho. Inteirem-se a respeito... Smiley piscando

Enoabraços,

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