O nome carrega em si controvérsias e muitas histórias, alguns sugerem que o nome "vinho verde" derive do fato da região ser repleta de muitas plantações e a presença maciça de folhagens e verde, vindo dai o termo "verde". Outra versão, pelo que tenho ouvido e lido, a mais aceita, é que as uvas devam ser colhidas um pouco antes de seu amadurecimento completo, devido às chuvas que poderiam prejudicar os bagos, o que explica inclusive em parte, a alta e bem vinda acidez gastronômica, dos vinhos da região.
As uvas: A conhecida Alvarinho, que está presente, em cortes ou como varietal e origina os vinhos mais nobres, de preços mais elevados, e as demais variedades de uvas brancas muito utilizadas na região, para elaboração do vinho verde: Loureiro, Trajadura, Azal, Avesso, Pedernã, também conhecida como Arinto.
Uma região se destaca pelos Alvarinhos de mais complexidade e com forte característica mineral, como podem ver no mapa a região está mais ao norte, a região de Monção e Melgaço, na fronteira com a Espanha.
O terroir, o tipo de uva determina como já citado acima, uma intensa acidez acentuada por uma característica dos vinho da região, um leve frisante que até onde sei foi uma característica natural, e atualmente é mantido com a adição do gás nos vinhos para manter a tradição. Pelo que soube, este gás, associado à acidez que oferecia este frisante natural e que ocasionava aquela sensação de agulha na língua, vinha da fermentação malolática espontânea, ocorrida pelas condições de elaboração do vinho e o baixo índice de SO2 na manipulação do mosto, característica dos processos regionais.
O vídeo mostra um pouco desta saborosa região e muito de seus encantos.
Enoabraços,
Camila H. Coletti
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