Conhecendo a bebida típica do Brasil: A Cachaça

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Este tema, guarda descobertas e surpresas reveladoras, de todo o potencial desta bebida e o prenúncio do que virá a ser um dia, mundialmente falando.
As bebidas espirituosas, fazem parte do universo de formação dos profissionais do vinho. Na minha conclusão do curso, o último módulo da ABS-SP, o Módulo III, estudei diversos destilados, os chamados espirituosos, e confesso que tive surpresas, com o tema da nossa bebida típica, a cachaça.
Uma das aulas foi sobre a cachaça e tive a oportunidade, de conhecer um mesmo produto, elaborado em alambique de cobre e com estágio em diversas madeiras:
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  • Amburana, com notas que lembram armário de madeira rustica, aqueles de fazenda, numa mescla com flores, como vetiver, que traz notas bem masculinas aos perfumes, fiquei impressionada, muito envolvente e não sabia, fiquei sabendo na ocasião, que se tratava da nossa conhecida madeira cerejeira, não a fruta e sim, aquela dos móveis que muitos de vocês, devem conhecer.
    Um espetáculo, envolvente, sedutora.
  • Carvalho francês, onde a presença da baunilha matizada com as nuances discretas, mas perceptíveis da rapadura da cana de açúcar, criaram um buquê envolvente.
  • Carvalho americano, que propõe à bebida, cocadas pretas suculentas e bem puxadas no caramelo queimado, aroma fascinante, delicioso.
  • Bálsamo e Jequitibá muito mais suaves, disponibilizando nuances mais discretas e permitindo a expressão da própria cachaça.
Finalizamos com a elaboração de blends, criados por nós mesmos, para poder vivenciar o potencial da bebida.
Um ponto que me chamou bastante a atenção foi a “maciez” da bebida, após o tempo nestas madeiras, não a degustei antes do estágio em madeira, então não pude comparar com a natural. Mas estas eram incrivelmente aveludadas, para um bebida com 40º de álcool, que fiquei relutante em levar à boca, mas pelo fascínio proposto pelos  aromas, fui impelida e fazê-lo.
Uma experiência fascinante, conduzida pelo experiente engenheiro Erwin Weimann, com a qual, mudei meus conceitos, sobre o que é, e o que pode vir a ser, a nossa cachaça. Impressionante, o patamar de qualidade, que uma boa cachaça bem elaborada e com bons sistemas de controle, pode atingir.

Esqueçam tudo o que já viram em supermercados, e busquem cachaças diferenciadas e elaboradas com bons critérios de análise, e bons engenheiros especialistas no tema.
Assim seguindo, com a experiência, tive a oportunidade de conhecer a Cachaça Batista série Ouro, edição comemorativa de 70 anos, produzida em Sacramento, Minas Gerais, recém lançada,  e como estive no coquetel de lançamento do Concours Mondial Bruxelles, Spirits Selecion Brasil 2014, que acontecerá aqui no ano de 2014, lá conheci o engenheiro de alimentos, responsável pela Cachaça Batista, o Bruno Zille.
Estou explanando sobre o tema  aqui no Vinho e Delícias, pois irei abordá-lo diversas vezes, até porque, é a nossa bebida típica, conhecida assim no mundo inteiro e devemos estar por dentro, pois o Concurso de Bruxelas de destilados, como disse acima,  será no Brasil no próximo ano.

Vamos nos preparar?
Quem disse que a cachaça, não pode também ter muita classe e fascinar tanto quanto os outros destilados, considerados nobres?

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Lembrando o consumo consciente,
pois o prazer não está associado à quantidade,

mas sim à qualidade e emoção do momento.
Passar do ponto, só salienta a falta de classe.

Tenho horror a gente assim!
Beba com moderação e curta o momento.

Enoabraços,

Camila H. Coletti

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